sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

- Desastrado?


Quando ele veio, logo a encostou no seu peito, acolhendo aquela sensação “velha” e tão parecidamente recente de conforto. Almas essas que estavam longe e esquecidas pelo tempo que foi passar fora . Sem hesitar ela perguntou: - Tem lugar pra mim?

Será que há pelo menos o nosso próprio lugar em nosso coração? Amar o outro é querer mais bem do que a si próprio?

- Do alto dos seus vinte e poucos anos, ele não era forte ainda o suficiente pra resolver algumas coisas que calejavam suas mãos.·.
Um sorriso contido, um olhar revertido, uma mão suave indo contra o rosto dela. - Vejam só, ele sabe o que fazer, só não o que ela pensa em dizer. E como ele queria que os pensamentos dela fossem voltados a um “nós”.

Só pra constar nos registros por aí, que tudo que ela fez lá atrás foi seu. - Já ele foi sempre desajeitado em relação a ter uma pessoa. Os horários, os dias, a permanência nunca era imediata.
Agiu como um gato, dengoso, livre e com surtos elétricos. -Sabe se impor, porem não despensa um cafuné, um doce, um dengo. E no fundo ele é só mais um sem destino, sem fronteiras...
Não é bom com decisões, olha prum lado e outro se vê ele lá mais uma vez parado fazendo cara de perdido e sem dona.
- Tem lugar pra ela nesse coração?

Ela faz cena pra vê se vale apena pelo menos ele adulá-la um pouquinho. Mas acontece que ele é desastrado...



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