sábado, 18 de janeiro de 2014

- Isso lá é bom?





Como pode você permanecer vivo sem ao menos ter presença? – Ai, que AGONIA que fica quando toda a sala se vai. Vira vão. Solidão!

E teu perfume vem nas narinas, impregnar. - Cola no corpo, não quer soltar!
Sentir o toque entre os dedos, o roçar na pele quente que alivia o frio. E esfria a espinha quando se percebe que não há.

Ai, doce solidão.

Teu veneno vem na boca, sinto salivar pelo teu gosto ácido. – Só de lembrar, perturba!
O corpo treme e paraliso só de te visualizar. – Fica! Não vai. Teus olhos olham pra mim, e revelam todos os encantos bons.

Ai, doce solidão.

Os pelos se ouriçam, fervem ao te imaginar reluzente como um por do sol numa tarde quente de verão.
Ai, doce solidão que me balança de um lado pro outro, que despenca em ares, destorça minha alma, ilude meus olhos, e se vai sem menor pudor.