sábado, 17 de maio de 2014

- Doces deletérios


Pronto, é foi isso.
Melhor parar, não tá dando mais certo.- Ok, então tá!

(...)
Espera, vamos se ver, não diga que não.
Vem aqui mais perto. Deita.
Exalou seu perfume, levantou a sobrancelha, deu um passo, dois...
Hesitou. Sentou ao lado, - Ela faz doce. 


Fala você primeiro. - Não fale você. Disse ele.
Então é isso, é o fim ?  Sem mais palavras? 

(silencio no recinto
- Você dá trabalho moça! Não acabou. (um sorrisinho de canto de boca)
- Então...estamos bem?
- Estamos.


Seja o que for aquilo que os "prende", isso faz os dois tremerem. É deleito em um só.

Aventurar-se dá nisso, é uma queda livre. Um frio toma de conta dos teus pés, e de repente a espinha congela.
Feito picolé, você se torna um doce na boca dele. - Derreta-se.


Diz querer fugir, mas não desata o nó, não se rompem.
É um labirinto de desejo, um 
amontoamento de prazer nos dois.

Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. 
A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada.
E queira perto ou longe, o frescor , o tremor vem sempre.