terça-feira, 9 de dezembro de 2014

- Nas cinzas das horas








Cheiro de pólvora no corpo , Prestes mesmo de explodir.
Faíscas de solda vão pelo espaço,
nos fios de cabelos, na ponta do véu.
Enferrujada, deteriora pouco a pouco. Virou apenas pó levado pelo vento seco daquela estação.

É delicado feito seda, e rasgou-se com o atrito entre duas vidas.
Que transtorno absurdo te balançou d'um lado pro outro, mar tenebroso, sem freio, sem amarras.
Help nenhum te salvaras.

O barulho de fundo é para aturdir, tontear qualquer perna já bamba. De caos em caos vai impedindo aproxim[ação]. 
Os escombros se amontoam um a um, mas sobre[vive]. 
Livre de qualquer nó, ou fingindo não ter.
O ser fingiu displicentemente, que chega a mentir da dor que sente.

Em paz Habitou num território, que plantou mas não colheu frutos, só adeus...
Despedidas nas cinzas das horas.




Au Revoir Mon Cher!
  





 



segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Canalhices



Canalhices,

O bom e velho canalha que atormenta de raiva ou ilude algumas moças com poucas manhas de conquistas.
Suspiros rodeiam aquele bom ar de galante, paira um sexy appeal descontrolado liberado por um perfume de quinta.
São bons de conversa, e se não são, é porque esse é um canalha mal treinado.
Tem manias de ser engraçados. Cuidado, esse é um dos artifícios/armas de sedução desse ser "onipotente", (pelo menos na mente deles).

O sorriso e o olhar são verdadeiros martírios, pois quer queira ou não, são envolvedores e nos prendem. Parece vudu!
Há quem diga que ser um canalha vem de berço, do ninho e vira uma especie de herança.


Tem dias que nos compreendem, concordam com nossas teses, porem não passa de uma fachada e das boas. - Meses depois ele usará o fone de ouvido como sua aliada.
Ou quem sabe dizer que somos "complicadas" e "paranoicas" essa sem dúvida é a melhor! 


Mas o que seria do sexo oposto se nós mulheres não caíssem nos seus papos? Essa resposta é bem difícil ser desenrolada, pois acredite, isso nos atrai de alguma maneira, mulher é um bicho estranho. Se o homem é bom, reclamam. E se for canalha, reclamam mais ainda. 

Sinceramente, o dom da canalhice não é só pros homens. Mulheres cada vez mais estão se bandeando pra esse time, afinal, o campo de batalha tem que ser igualitário. 
Não dá pra entrar desarmado, haja de maneira cautelosa, sermos ambíguos em situações que possa nos comprometer. 
Canalha que é canalha, não é visto por seus amigos, ou familiares. E se for visto, logo inventa um belo desdobro, aí vai as dicas.


- O celular "toca" do nada, e ele diz ser a mãe/pai o chamando urgente. Ou quem sabe "Tenho que acordar cedo amanhã". 


Então, se ouvir algo do tipo já está alertada. Quem se envolve com canalhas tem que ser esperta ao nível, se não cairá em bedulhos!

  


 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

- Pra gente se desprender






É, parece que você já foi,
E me deixou assim, sozinha.


É, parece que você já foi,

E esqueceu aquele chinelo ali no canto
E todos aqueles filmes ruins que nos fazia rir.

É, parece que você já foi,

E me tirou os seus trejeitos de viver,
e o resmungar de tudo e todos...
e seu jeito de ver pela janela o mundo de ponta cabeça.


É, parece que você já foi,
E me deixou sem saber a próxima nota.

E não sabe a dor que trás um dó.
E o lá ficou menor, o fá é tão fugaz .


É, parece que você se foi
Naquele barquinho azul,
e as ondas te puxam pra lá e pra cá,
E não tem ancora que te prenda em alto mar.









sábado, 5 de julho de 2014

- Au revoir, Mon Cher







Um choque veio dos fios a ponta dos pés. Descongelou um iceberg. Afundou uma plataforma inteira.
Debulhou, e escorreram pelo rosto.
Caiu do bolso, perdeu-se um botão. Afrouxou laço, desatou.
Engasgou com um, dois, três nós...
E cá entre nós quem diria que um singelo GOSTAR fosse se esvair assim, e o que dizer desses segundos que restam?

Gostar...
Um Gostar de estar.

Existe o Gostar de não perder,
                 de não se prender,
                 de querer o bem,
                 e de não querer o mal.

Gostar não sufoca,
            não deixa,
            não desiste,
E as vezes nem persiste.

Gostar da boca pra fora,
e que as vezes se sentia até dentro,
Tanto faz...
O que importa é saber gostar de alguma maneira.

E que maneira sutil e gentil foi essa?
Maneira essa que valeu. E se valeu apena mesmo
Goste-se.

E se é de lagrimas que eu faço o mar pra navegar, ergo essa ancora, aponto pr'um horizonte distante, sabendo que só levo saudade moreno, é tudo que vale apena. 



   


sábado, 17 de maio de 2014

- Doces deletérios


Pronto, é foi isso.
Melhor parar, não tá dando mais certo.- Ok, então tá!

(...)
Espera, vamos se ver, não diga que não.
Vem aqui mais perto. Deita.
Exalou seu perfume, levantou a sobrancelha, deu um passo, dois...
Hesitou. Sentou ao lado, - Ela faz doce. 


Fala você primeiro. - Não fale você. Disse ele.
Então é isso, é o fim ?  Sem mais palavras? 

(silencio no recinto
- Você dá trabalho moça! Não acabou. (um sorrisinho de canto de boca)
- Então...estamos bem?
- Estamos.


Seja o que for aquilo que os "prende", isso faz os dois tremerem. É deleito em um só.

Aventurar-se dá nisso, é uma queda livre. Um frio toma de conta dos teus pés, e de repente a espinha congela.
Feito picolé, você se torna um doce na boca dele. - Derreta-se.


Diz querer fugir, mas não desata o nó, não se rompem.
É um labirinto de desejo, um 
amontoamento de prazer nos dois.

Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. 
A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada.
E queira perto ou longe, o frescor , o tremor vem sempre.






segunda-feira, 21 de abril de 2014

- Mais uma de amor



(Me perguntaram como se faz pra "ganhar" uma pessoa)


Permita-se.
Mas permita-se de uma maneira que seja obvia, e não contraditória.

É tipo uma paixão, se você não se permite não tem como gostar do outro. E vice versa.
E também você pode ficar com uma pessoa sem envolver sentimento algum. - Mas claro, se você tiver domínio sobre isso. 
Há inúmeras armadilhas.
O cérebro não pode se perder. - Por que aí sim, ele se apaixona.

E se você se apaixonar correrá sérios riscos.
Riscos de amar alguém.
Ou pior, amar sem ser Amado.
Ou Amar cegamente. Amar inteiramente
Ou Amar sobriamente. Ou amar perdidamente. 






domingo, 13 de abril de 2014

- Little Birds





Hoje três passarinhos pousaram na janela. Nem primavera era, o que fazes aí meu bem? 
- Te trago novidades, disse eles. 


- Novidades? Mas quais? 
- Verás que nem tudo que se pede significa que és positivo. 
- Então passarinho, devo aguardar até quanto?
- Espera e tem coragem! - Até quando seu sentido não pulsar. E se bater, acelerar, aí sim. Chegará!

- E se eu for com sede demais? 
- Bem, se é de sede que tu pensa em morrer. Então não vale apena correr o risco de sentir aquelas velhas emoções.
- Espera passarinho! Eu sei que falei no calor do momento. - Prometo, que de hoje em diante sereno serei.
- Então arruma tuas malas, deixa o que feriu pra trás e vem pro novo. 



E quando eu for embora, é compreensível, pois você tem um jeito que não consigo descrever. 

quinta-feira, 6 de março de 2014

- Adeus você IV







"Venha-me,
Puxe-me pelo braço,
Diga-me que me quer e
Deleite-se sobre mim.
Diga-me a que veio,
Esparrame-se em desejos,
Só não me traga entreveros,
Por que da saudade eu tenho medo." 
    (N.D)



Em frente de uma forma que nossas linhas se descruzem,
Só então aí vai compreender que precisamos mais do que só um corpo.
Há e quando um dia isso acontecer, e você querer voltar pra mim,
Espero que não seja tarde ao ponto do próximo ônibus chegar.

E se a próxima estação for fria demais, aqueça-te.
Se for quente, descubra-se!
Deixo todo esse fervor aqui,
Você há de entender que a gente precisa de alguém pra viver. Só então vai perceber que muito dei.
Mas não se esqueça de mim, não.

Vá voar com o vento que só lá você existe, liberdade lá não tem limite.
E desses caminhos eu já conheço, então não me espere por que não volto logo.

Você pediu, e eu já vou daqui


sábado, 18 de janeiro de 2014

- Isso lá é bom?





Como pode você permanecer vivo sem ao menos ter presença? – Ai, que AGONIA que fica quando toda a sala se vai. Vira vão. Solidão!

E teu perfume vem nas narinas, impregnar. - Cola no corpo, não quer soltar!
Sentir o toque entre os dedos, o roçar na pele quente que alivia o frio. E esfria a espinha quando se percebe que não há.

Ai, doce solidão.

Teu veneno vem na boca, sinto salivar pelo teu gosto ácido. – Só de lembrar, perturba!
O corpo treme e paraliso só de te visualizar. – Fica! Não vai. Teus olhos olham pra mim, e revelam todos os encantos bons.

Ai, doce solidão.

Os pelos se ouriçam, fervem ao te imaginar reluzente como um por do sol numa tarde quente de verão.
Ai, doce solidão que me balança de um lado pro outro, que despenca em ares, destorça minha alma, ilude meus olhos, e se vai sem menor pudor.