sexta-feira, 26 de outubro de 2012

- Afinal não há nada fazer


Podia ter sido um dia normal como os outros. Dia de sol, os olhos se abrem com ajuda do despertador que toca uma musiqueta leve pra animar o dia bom ou ruim. Toma seu banho matinal, arruma-se, toma café sozinho na mesa vendo seus irmãos atrasados dizendo apenas “Tô saindo mãe”.
Termina ainda sozinha chega ao ponto de ônibus, senta-se, olha para o relógio teme chegar atrasada já que o ônibus não dá sinal de vinda. E quando chega, escolhe seu refugio, o canto, o paraíso, uma sombra, o seu local de pensamentos longe de “tudo” pelo menos é o que ela fingiu acreditar.
De olho num mundo que fica pequeno lá fora, passando entre as janelas, ver tudo correr assim como seu dia, sua vida, seus medos. –Transito para. Anda mais alguns metros perdidos e mal notados pela falta de atenção que ela perde em lembrar e lembrar.
E que mal de lembrança são essas que tomam conta de seus minutos, deixando-a área ao ponto de voar sem assas, de flutuar sem água. Esquentá-la em brasa. Prende-la em passos longos e tão poucos curtos que em meio há tantos anos e tantos outros, consegue se mantiver vivo.
Surpresas são boas até o ponto de vista de cada uma. Se quiseres um novo recomeço não se engane e não se deixe enganar. Mas também não fale o que sente ao vento, pois o vento leva e chego aos ouvidos dela de uma maneira que sem querer pode perturba-la. Talvez ela seja pequena demais pra você e não lhe cabe mais lhe cuidar...
Ninguém quer ter realmente alguém do lado. Amar ficou meio perdido entre linhas de velhos dicionários. Daquelas páginas de autoajuda que não ajudam em nada, complicam, confundem, te iludem de um mundo melhor e que na verdade só dá medo depois que acabamos a ultima folha do livro. Chegamos ao ponto de pensar “bem, é só isso que tendes a me dá?”. Ela queria ler no fim da página que tudo tava em paz, e não que por mais que tempo passe ele vai continuar ali...parado. Sem saber pra onde ir, qual rumo tomar. Ou ele pretende soltar palavras para tentar confundi-la mais uma vez de que nada muda, tudo permanece igual, afinal não há mais nada a fazer.

domingo, 7 de outubro de 2012

- Espera e tem coragem






Aquela apreensão volta a agoniar seu peito. Um frio na espinha a paralisa. E seu esses dias de espera serão como pregos enfiados nas mãos. Doloridos, amargos, desesperados.
E por mais que ela lute, a angustia toma conta de suas noites, mexe com seus sonhos, que logo virão pesadelos absurdos de acordar em meio à noite sem saber pra onde ir, ou se deve seguir.
 Mãos fincadas ao cobertor querendo algo, uma segurança talvez. Como se estivesse caindo ao léu precisando apenas de outra mão para segura-la.
As mãos não parecem mais aquelas que fixavam uma na outra. Parece que há uma duvida em poder aperta-la outra vez. Mas não descansa, ela vai em frente. Quer força, quer perto, quer poder sentir de novo o movimento que aquelas mãos sobressaiam em seu corpo.
Mãos essas que demonstravam clareza, que conectavam sentimentos, pureza. Mãos que contam dias nos dedos. Mãos que não mediam esforços pra te por no alto. Mãos que escondiam seus olhos. Mãos essas que deslizavam nos teus ombros e desciam à procura da cintura. E que essas mãos voltem a pedir tudo isso. Que essas mãos fixem de forma nova, com vontade de ir adiante.

E quantos furos de medos ela passou. E quanta duvida em dizer sim. E quantas horas ela poderia passar te ouvindo, só pra poder te ouvir dizer que tá tudo bem, vai ficar tudo bem.
E que passe rápido, que o tempo voe para que você retorne.  
" Espera no senhor e tem coragem " amém.

sábado, 6 de outubro de 2012

- Outubro ou Nada



Ela fecha os olhos e revive...
Promessas. Erros comuns que de certa forma chega a arder como pimenta nos olhos. Há como melhorar? Podemos nos reinventar? 
Tudo fica pequeno quando um sorriso se abrir, quando uma mão aperta a outra e um beijo sela o respeito na testa. Porem nem só um lado é A. Nem um barco vive sem um salva vidas. 
É preciso que alguém se sobressaia em certas situações, mantenha o controle, ainda mais quando essas situações não passam de um mal entendido. 
E que mal desceu sobre nossas cabeças naquela noite quente de verão. Quente de clima. Quente de palavras. Quente de sentir derreter corações, não por sentimento e sim por mal. Mal que tentado ser explicado, ficou mais mal ainda. E quantos foram desentendidos naquela noite e puderam se reinventar, que puderam se perdoar.

Até há pouco tava tudo bem, e quando menos imaginamos parece que uma bobagem desanda, entorta uma linha que de tão certa causa olhares. Olhares esses que impõe obrigatoriedade de está sempre tudo bem. Mas não, lá vem aqueles olhares desafiarem o que persiste em se manter forte. E há de permanecer.
Outubro ou nada, peço-te que não sejas maldoso conosco.