sábado, 30 de março de 2013

- Um lapso momentâneo



Vai ver foi só saudade...

E subitamente o seu cheiro veio trazido pelo vento frio daquela noite serena de sexta-feira. Sentiu seu gosto mais uma vez.

Em cada canto daquela sala clara a lembrança de sua figura estava.
Uma lua entregue a um céu sem estrelas. Uma brisa vinha sob teus cabelos sem bagunçar.
Sob os olhares fixos voltados a ela, ele dizia seus sonhos, desejos e os medos que tinham em cada noite.

- Vai ver foi só saudade...

Um carinho no rosto. Um roçar de corpo um esquentando o outro. Era leve tê-lo sobre ela.
Um universo que conspiravam contra, porem eles regavam as flores todos os dias, afim de permanecerem ali, juntos.

- Vai ver foi só saudade...

Distante a imaginar, ela hoje atravessa o bar com a tristeza a lhe guiar...
- Garçom, por favor, mais um gole na garganta pra esquecer o que passou!
Se é pra te ver em sonhos meu bem, me espere que é pra ir que eu vou.


Vai ver foi só saudade. Aonde nada mais se modifica.