sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

- Com farpas

desistindo ...


Farpas e espinhos
Momento de explosão de sentimentos indignados, desesperados presos no olhar sombrio que se fechava a cada palavra engolida.
Ao seu redor ninguém a reconhecia. Transformação de uma rosa em cactos, com espinhos grossos tão afiados, por que bastava olhar para sentir sangue derramando das veias. Um sangue de revolta, um sangue de braveza que ninguém que estava ali havia culpa. Nem se quer Ele.
Pobre criatura que perde as estribeiras, perde a linha por conta de resultados falhados mais uma vez. Voz temerosa, velhos olhos vermelhos voltarão sem querer. Mas um ano com o mundo nas costas.
O coração um cactos, não se importava mais. Disse o que quis, acusou o único e fiel aos seres humanos Cristãos. Revolta era o que sentiu, mais uma vez derrotada por não expor conhecimentos no lugar certo, na marcada certa, mais um ano em vão. E lá se vai mais um ano Im’completa. Sempre sendo deixada pra trás, ficando sem ninguém e sem o que quer.
Livros derrubados com socos, chutes no ar, martirizando sua mente, queimando miolos, gritos ofegantes, lágrimas escorreram como saísse de uma torneira, pressão caindo de raiva, tristeza.
 Esqueceu até que lá um era feliz e comemorava uma conquista. Posta nos braços, nos embalos de mãe, e pior desacreditando no poder daquele todo poderoso. O que sempre a guiou, mostrou o lado bom, disse palavras nos capítulos difíceis. E pra que? Pra no dia perder o controle e descontar justo nele, que não era culpado de absolutamente de nada.
Pra que chorar? Se amanhã tudo muda de novo.
Quando se está triste você tem o direito de está triste, mas não te dá direito de ser cruel com ninguém. A culpa é você.
Por que eu faço o que falo, eu digo o que sinto. E o que sinto é humilhação no meio de tantos que me superam, que estão a andares longe de mim. E que vão deixando de acreditar que um dia você pode ser como tais. Sinto-me pequena, um grão de areia que nada serve pra’quele castelinho, uma fagulha tão só. Uma estrela que cai.
Um silencio, um engasgo, um nó. Um mal-me-quer da roseira.
O mundo vira de cabeça pra baixo e finjo ser por inteira.




Senhor perdoa as farpas e essa minha estupidez...

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