sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

- Desastrado?


Quando ele veio, logo a encostou no seu peito, acolhendo aquela sensação “velha” e tão parecidamente recente de conforto. Almas essas que estavam longe e esquecidas pelo tempo que foi passar fora . Sem hesitar ela perguntou: - Tem lugar pra mim?

Será que há pelo menos o nosso próprio lugar em nosso coração? Amar o outro é querer mais bem do que a si próprio?

- Do alto dos seus vinte e poucos anos, ele não era forte ainda o suficiente pra resolver algumas coisas que calejavam suas mãos.·.
Um sorriso contido, um olhar revertido, uma mão suave indo contra o rosto dela. - Vejam só, ele sabe o que fazer, só não o que ela pensa em dizer. E como ele queria que os pensamentos dela fossem voltados a um “nós”.

Só pra constar nos registros por aí, que tudo que ela fez lá atrás foi seu. - Já ele foi sempre desajeitado em relação a ter uma pessoa. Os horários, os dias, a permanência nunca era imediata.
Agiu como um gato, dengoso, livre e com surtos elétricos. -Sabe se impor, porem não despensa um cafuné, um doce, um dengo. E no fundo ele é só mais um sem destino, sem fronteiras...
Não é bom com decisões, olha prum lado e outro se vê ele lá mais uma vez parado fazendo cara de perdido e sem dona.
- Tem lugar pra ela nesse coração?

Ela faz cena pra vê se vale apena pelo menos ele adulá-la um pouquinho. Mas acontece que ele é desastrado...



quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

- To be continue...



“To be continue?”

Quando algo não foi concluído estamos propícios a acreditar que muita coisa ainda está por vir. Certo?
E por que não tentar e acreditar mais uma vez? – Devemos sim ser capazes de ver uma luz no fim do túnel, um feixe de luz mesmo que miúdo é uma forma de esperança, de vida, sei que mal cabe dois olhos num buraco porem cabe na imensidão de um “R”, aquele que reativa/reajusta/recomeça/reama.

É como andar de bicicleta, se caímos ralados ficarão nossos joelhos, e o que fazer? Desistir ou insistir?
Não é por temer ao sofrimento que temos que desistir de pedalar. Lembre-se:
- Seguir, porem em frente!

Interromper, é parar, é romper a continuidade de algo . E foi mais ou menos isso.
Não houve tempo pra pensar, nem pra contar as horas longe,os dias longos, os momentos usados. Descidiram pelos dois. Por ele.

Foram feitos um pro outro, foram feitos pra durar, no entanto foram roubados um do outro.
Todo dia teu cheiro vem e acerta em cheio.  Sem motivos, nem objetivos. Apenas veem sem mais, sem regras.
Quem sabe um dia a gente se encontra paralisados por aí, numa esquina, num beco, num corpo... Nós estamos vivos e isso é tudo.